Quando optar pela residência assistida para o idoso?

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Se na infância recebemos os cuidados de nossos pais, na velhice são eles que precisam ser cuidados por nós. O envelhecimento faz parte da vida e sua chegada promove mudanças no dia a dia de toda a família.

Isso acontece pois o idoso passa a precisar de mais atenção com a saúde, com a alimentação, com o condicionamento físico e com a segurança. É uma nova realidade que demanda assistência e, muitas vezes, as famílias não estão preparadas para oferecer o suporte que o idoso precisa para ter qualidade de vida.

Muitos deles começam a apresentar insônia, agitação, agressividade, não querem cuidar da higiene ou se recusam a se alimentar. Nessas situações, o familiar pode sentir dificuldade ou não saber como lidar de forma adequada. O resultado é o desgaste físico e emocional.

Os idosos que apresentam diminuição das capacidades físicas ou cerebrais precisam de ainda mais cuidados, assim como aqueles que têm problemas de saúde degenerativos ou crônicos. Nesses casos, optar pela moradia assistida é a melhor escolha para idoso e família.

Uma outra situação muito comum é a dos idosos que moram sozinhos. É preciso estar atento a diversos fatores do cotidiano desse familiar para saber se ele está realmente em condições de se cuidar sem ajuda.

Além disso, a solidão pode causar depressão. Com a falta de uma rotina, eles acabam passando a maior parte do tempo deitados e vendo televisão, sem realizar atividades que promovam a convivência e a interação.

É preciso quebrar o preconceito

Apesar dos benefícios em optar pela residência assistida, muitas famílias não se sentem confortáveis, pois acreditam estarem abandonando o familiar. Mas é o contrário, já que a mudança é o melhor caminho para prestar a assistência adequada e que ele precisa. O idoso também vai fazer novas amizades e continuar próximo dos familiares.

Para deixar de lado o preconceito, é necessário que os familiares façam visitas à residência e conheçam a equipe de profissionais. Outro ponto importante é respeitar o período de adaptação do idoso durante a fase de transição para a moradia.

Questões financeiras

Muita gente acaba não colocando na ponta do lápis, mas manter um idoso que precisa de atenção 24h com atendimento domiciliar é mais dispendioso que a mensalidade de uma residência assistida.

Em casa, a família precisa arcar com as despesas de uma equipe de profissionais de saúde, além dos encargos sociais e trabalhistas. Soma-se a isso, as despesas com a casa, que podem incluir aluguel, condomínio, água, energia, entre outros.

O suporte em domicílio também pode esbarrar em questões como dificuldades em encontrar um profissional capacitado, apto para lidar com as emergências e que seja de confiança.

A soma dos gastos é muito superior ao valor de uma residência assistida, onde ele receberá todos os cuidados necessários oferecidos por uma equipe multidisciplinar e capacitada.

Além disso, na residência o idoso terá uma rotina com atividades diversas para a promoção da velhice ativa. Durante todo o processo, a presença da família é fundamental. Ela deve se manter presente na vida do idoso, com visitas frequentes.

Decisão coletiva

Por fim, a opção pela residência assistida deve ser pensada de forma coletiva, entre familiares e o próprio idoso. É importante ouvir sua opinião, anseios e medos. Sempre deixando claro que a mudança é para que ele tenha mais qualidade de vida.

Outro ganho ao optar pela moradia é o tempo de qualidade que se ganha na convivência com o idoso. Os momentos que você terá com ele serão muito mais agradáveis e prazerosos, já que não precisará mais se preocupar com os cuidados do dia a dia.

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