Como a perda auditiva pode afetar a vida social no envelhecimento?

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A dificuldade gradual de ouvir pode acarretar em problemas sérios como depressão

A perda auditiva é um dos incômodos mais frequentes às pessoas com mais de 65 anos. Causada pela degeneração das células do ouvido à medida em que vamos envelhecendo, a surdez não é sua única consequência. Prejuízos à vida social também são comuns nessa enfermidade que atinge muitos.

Se sentir inseguro ao sair de casa (por não ouvir certos sons) e a dificuldade de se comunicar são frustrações resultantes de impedimentos auditivos que podem levar a diminuição das atividades diárias e, como resultado, o isolamento.

Para se ter uma noção geral da situação e sua relevância, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) cerca de um terço das pessoas entre 65 e 74 anos declaram ter alguma perda auditiva. Esse número chega à metade da população com mais de 75 anos.

Alguns dos primeiros sinais são dificuldade de escutar em lugares com som muito alto, fazer leitura labial para entender o que foi falado, aumentar em demasiado o volume de televisões, ter a sensação de ouvido tapado, escutar um pequeno zumbido, entre outros.

Segundo pesquisa conduzida pela USP (Universidade de São Paulo) existe uma relação direta entre idosos com deficiência auditiva e certos problemas sociais. Em consequência do isolamento, é frequente o sentimento de constrangimento, tristeza e determinados impactos na saúde mental capazes de provocar depressão.

Como a perda auditiva pode afetar a vida social dos idosos?

1. Isolamento social: as pessoas idosas com dificuldade para ouvir claramente costumam evitar encontros sociais, festas e eventos, o que pode levar ao isolamento.

2. Compreensão limitada: a perda auditiva torna a compreensão das conversas desafiadora. Isso pode levar à frustração e ao desinteresse em interações sociais.

3. Depressão e solidão: a perda auditiva não tratada pode contribuir para problemas de saúde mental, como depressão e solidão, devido à falta de conexões sociais.

4. Perda de interesse: à medida que as pessoas idosas se afastam das atividades sociais, podem perder o interesse em hobbies e atividades que costumavam desfrutar.

No entanto, é importante lembrar que a perda auditiva não precisa ser uma barreira insuperável. Com o suporte adequado, como aparelhos auditivos e estratégias de comunicação, as pessoas idosas podem manter uma vida social ativa.

Para aqueles que tratam a doença de maneira adequada é notável a melhoria na qualidade de vida. O acompanhamento médico especializado determina a essencialidade do cuidado e evidencia os benefícios do tratamento.

Este último é composto, na maioria das ocorrências, pela realização do exame de audiometria (que determina a capacidade de ouvir) para orientar o uso de aparelhos auditivos.

Além disso, a conscientização sobre a importância do tratamento da perda auditiva é fundamental para garantir que as pessoa idosas continuem a desfrutar de conexões sociais à medida que envelhecem.

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